A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia do Fundão foi fundada em 1516 pelo que, há mais de 490 anos desenvolve a sua atividade em benefício da população local. Como se pode ler no Artigo 1º, nº 1 do seu Compromisso, foi constituída “(…) com o objetivo de, na prática da caridade, satisfazer carências sociais (…)”. Para além disso, o seu Artigo 4º do mesmo Compromisso consigna que “(…) o âmbito da atividade social da instituição não se confina apenas ao campo da chamada segurança social e pode abranger também, outros meios de fazer bem, designadamente os sectores da saúde e educação”.

Assim, Irmão é todo aquele que, vivendo e testemunhando por ideias, palavras, obras e modos de comportamento, uma evangélica vocação de voluntariado generoso de fraternidade, se propõe, de acordo com as normas históricas do compromisso, prestar um serviço de ajuda e atendimento segundo as 14 Obras de Misericórdia:

OBRAS CORPORAIS

Dar de comer a quem tem fome

Dar de beber a quem tem sede

Vestir os nus

Acolher os peregrinos

Visitar os doentes

Visitar os presos

Sepultar os mortos

OBRAS ESPIRITUAIS

Dar bons conselhos

Ensinar os ignorantes

Corrigir os que erram

Consolar os que estão tristes

Perdoar as injúrias

Suportar com paciência as fraquezas do próximo

Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos

Esta instituição tem por missão ser um efetivo agente do desenvolvimento local equilibrado, em todas as suas vertentes, sem se sobrepor às iniciativas da população nem das instituições privadas ou públicas, mas antes servindo de agente mobilizador de esforços e vontades de todos os agentes socioeconómicos locais e cooperando com estes.

Assim, a sua ação pauta-se por promover iniciativas, em todas as vertentes da vida do Homem enquanto centro de qualquer processo de desenvolvimento, que possam de alguma forma contribuir para resolver problemas que estejam a afetar a população atual ou as condições em que se desenvolverão as gerações vindouras.

A maioria destas iniciativas é desenvolvida em estreita articulação com as entidades oficiais, e por vezes com a sua colaboração e apoio, em áreas como a saúde, a formação e qualificação profissional, a inserção e reinserção social, envolvendo as pessoas mais carenciadas da comunidade local, entre os quais se incluem os idosos, os jovens, os desempregados e os deficientes.