Início
Desde os finais do século XVI que a Santa Casa da Misericórdia do Fundão se tornou centro de amor e fraternidade humana para atingir a finalidade altruísta e despretensiosa que visava as melhorias temporal e espiritual de todos os que a ela recorressem.
Desde os seus primórdios, a nobreza e o povo misturavam-se com o clero para que, através da Misericórdia, se pudessem cumprir a determinação de S. Paulo:
“ALTER ALTERIUS ONERA PORTATE”
Além, dos problemas específicos desta Instituição e da finalidade central de carácter sociológico de toda a sua ação religiosa a Misericórdia veio, em determinadas épocas, ao encontro de soluções económicas, culturais, sociais, educativas e de saúde que em muito ajudavam o desenvolvimento da população local.
Transição
Na década de setenta iniciou-se um novo capítulo na história desta Misericórdia, podendo-se dividi-lo em dois períodos: antes e depois da oficialização do seu hospital (1976).
Até esta data a sua ação centrava-se sobretudo na valência da Saúde, sendo que, depois da oficialização do seu hospital, a Santa Casa da Misericórdia do Fundão vai transformando e criando outras valências, para que dessa forma melhor pudesse combater os problemas da pobreza, marginalidades, desemprego e exclusão social que também nesta região se faziam sentir.
A evolução, nestes últimos anos, traduziu-se pois num enorme esforço de reestruturação interna de ações e realizações, de modo a dotá-la de meios logísticos e humanos para poder responder, de forma integrada e global aos problemas existentes e sentidos pelos mais excluídos.
Personalidade/Estatuto
A Irmandade adquiriu personalidade jurídica com a sua ereção económica após aprovação do Compromisso de 1980 pelo ordinário diocesano da Guarda e está reconhecida como IPSS com o estatuto de Utilidade Pública, Mérito Familiar e Superior Interesse Social.
Sem quebra da sua autonomia e independência, a Irmandade coopera com quaisquer outras entidades que o desejem e igualmente promoverá a colaboração e o melhor entendimento com as autoridades e populações locais, em tudo o que respeita à manutenção e ao desenvolvimento das obras sociais existentes, designadamente, através de atuações de carácter dinamizador, cultural, social, recreativo, saúde e educativo.
Funcionamento
Adota modelos de gestão organizacional dinâmica e moderno, assente numa descentralização hierárquica reforçada pela aposta na competência, qualificação e responsabilização técnica do seu quadro de pessoal e voluntariado qualificado.
Âmbito de Ação
A sua sede situa-se na cidade do Fundão (31 freguesias e 19 anexas com a área aproximada de 720 Km2 e com uma população da ordem dos 35 000 indivíduos) e exerce a sua atividade nos Concelhos do Fundão, Covilhã e Penamacor através, respetivamente, do Centro Comunitário das Minas da Panasqueira e Pólo/Extensão da Academia de Música e Dança.