A produção agrícola faz parte da estratégia das Misericórdias, não apenas como forma de aproveitar extensas áreas agrícolas que ao longo dos tempos foram sendo doadas às instituições mas também como forma de criar emprego a pessoas mais desfavorecidas ou como mecanismo de gerar riqueza e contribuir para a redução de custos na aquisição de produtos para as refeições de utentes em diversas valências das Misericórdias.
No caso da Santa Casa da Misericórdia do Fundão (SCMF) a aposta na agricultura teve o seu auge na década de noventa aquando do lançamento de um projeto piloto financiado pelo Estado Português que permitiu, por um lado, a criação de uma empresa agrícola de inserção e por outro o início de uma estratégia de enriquecimento dos campos agrícolas que benfeitores da instituição foram doando à SCMF. Foi nesse contexto que em 1997 foi lançada a Beirinser. Uma empresa de inserção social vocacionada para a produção de hortícolas
Como tudo começou
Antes da existência da Beirinser, a SCMF dispunha de duas quintas (Prados e Serrado) onde se desenvolveu agricultura de subsistência capaz de satisfazer as necessidades do Lar da Misericórdia e Jardim de Infância. Tudo começou às portas do Fundão. Dos sete hectares iniciais, a agricultura ocupa atualmente 120 hectares de terra vocacionados para a produção agrícola em propriedades dispersas pelo Fundão; Aldeia de Joanes; Valverde; Souto da Casa. Além destas, a SCMF dispõe ainda de outras explorações rústicas ocupadas pelas Hortas Sociais e Quinta Pedagógica do Fundão.
As nossas explorações agrícolas
- Panasqueira: Olival; vinha horticultura ao ar livre e em estufas.
- Arraboa: Fruticultura (maçã, pêra, cereja e kiwi); horticultura ao ar livre e em estufa.
- Vale de Canas: Olival e cereal (aveia forrageira)
- Quinta dos Prados: terrenos ocupados com as hortas sociais
- Chão do Poço: olival
- Quinta dos Cascalhais: olival
- Quinta das Nogueiras : cereais e forragem.